Comprar uma moto usada é sempre uma decisão que envolve muita análise, né? Hoje em dia, muita gente tem olhado com atenção para a tecnologia de iluminação, principalmente por causa dos faróis de LED. Eles estão cada vez mais acessíveis, até em modelos de entrada. Mas será que vale apostar em uma moto seminova só porque ela já vem com LED?
Uns anos atrás, esse tipo de farol só aparecia em moto de luxo. Agora, marcas como a Honda já colocam em motos como a CG 160 Titan, por exemplo. Trocar a lâmpada halógena tradicional pelo LED mudou bastante o jogo, tanto em segurança quanto no consumo de energia.
Se você está de olho em uma moto usada, entender essa diferença faz toda a diferença. O LED dura muito mais, ilumina bem mais forte e ainda valoriza a moto na hora de revender. Fora que o visual fica bem mais moderno, o que sempre chama atenção.
Aqui, vamos conversar sobre os pontos positivos e os desafios de escolher uma moto usada com LED. Desde o custo até as regras que existem no Brasil, pra você não cair em roubada e fazer uma escolha que realmente tenha a ver com sua rotina.
Entendendo a importância da iluminação em motos
A tecnologia de iluminação avançou muito nos últimos anos e isso mexeu com a segurança de quem anda de moto. Um sistema de iluminação eficiente reduz bastante o risco de acidente à noite. Pra quem pilota todo dia, sabe o quanto faz diferença ser visto de longe.
Durante muito tempo, a lâmpada comum reinou nas motos. Agora, com os LEDs, três coisas mudaram de verdade:
- Você enxerga melhor tanto em linha reta quanto nas curvas
- O consumo de energia caiu pra quase um quarto do que era antes
- Os LEDs aguentam mais tranco, vibração e batida sem dar pau
No trânsito da cidade, um farol forte faz sua moto ser notada quase meio segundo mais rápido por outros motoristas. Pode parecer pouco, mas já vi muita batida que poderia ter sido evitada só por causa disso. E em estrada, o LED ajuda a ver obstáculos a até 100 metros.
A gente sabe bem como chuva forte e neblina são comuns por aqui. Nessas horas, as lâmpadas halógenas podem falhar ou enfraquecer, enquanto o LED segue firme e forte, mesmo com muita umidade. Por isso, a maioria das motos seminovas de categoria premium já vem com LED de fábrica.
Prós dos faróis de LED em motos usadas
Escolher uma moto seminova com LED traz vantagens além do visual bonito. O consumo de energia cai muito, o que é ótimo principalmente pra quem roda com moto mais antiga e não quer ficar trocando bateria a toda hora.
Outro ponto é a durabilidade. Uma lâmpada halógena dura cerca de 1.000 horas. O LED, se for bom mesmo, chega fácil a 50.000 horas. Isso significa anos sem ter que correr atrás de peça nova ou gastar com oficina.
A iluminação branca do LED faz toda a diferença na estrada. Você vê buraco, pedra e outros obstáculos com mais definição, até quando está chovendo. E o farol LED acende no máximo na hora, não fica aquele tempinho esperando iluminar tudo, o que é ótimo em emergência.
O design também é outro papo. O LED permite formatos diferenciados, que combinam com motos de todo tipo, das mais clássicas até as esportivas. Fora que ele resiste bem a trepidação, ideal pra quem pega estrada ruim ou anda muito na cidade.
Contras e desafios dos faróis de LED em motos usadas
Nem tudo são flores quando a gente fala de LED. A luz azulada deles, apesar de moderna, pode cansar os olhos em viagens longas à noite. Tem gente que sente até dor de cabeça depois de algumas horas encarando aquele branco frio.
Outro problema é o risco de ofuscar quem vem na direção contrária. Quando o farol não está bem regulado ou é de qualidade duvidosa, o feixe de luz fica espalhado demais e atrapalha os outros motoristas. Muita gente já reclamou disso, principalmente em cidade pequena.
Se a moto for mais antiga, principalmente antes de 2015, pode ser que o sistema elétrico não aguente o LED direto. Às vezes você vai precisar de adaptador, ou até trocar fios e componentes. Isso encarece a brincadeira.
Em lugares com neblina densa, o branco intenso do LED reflete mais na água do que a luz amarela, então o alcance diminui. Em teste controlado, a diferença chega a 40% a menos de visibilidade.
Ah, outra coisa: LED não é pra mexer em casa. O sistema é mais complexo, cheio de eletrônica, e o conserto costuma ser só com quem entende mesmo. Peças paralelas podem ter garantia menor também.
Vale a pena comprar moto usada com farol de LED
Na ponta do lápis, é bom pensar no valor inicial, no gasto com manutenção e no quanto a moto pode valer quando for vender. Motos com LED costumam gerar uma economia de manutenção de uns R$ 320 por ano, se comparado com as que têm farol antigo.
Pra quem trabalha com entregas e roda muito na cidade, o LED compensa. Quem só usa a moto de vez em quando pode preferir as halógenas pelo preço mais em conta.
Pra resumir:
- O LED dura cinco vezes mais do que o halógeno
- Reduz o gasto do sistema elétrico em 18%
- Na revenda, pode valorizar a moto de 7 a 12%
Se a moto for de 2018 pra cá, geralmente já vem pronta pra LED. Se for mais velha, vale checar se a afiação suporta, se o alternador dá conta e se está tudo regulado direitinho.
Quando for ver a moto, teste o farol no escuro mesmo. A luz tem que formar aquele desenho nítido, sem falha ou excesso de brilho. Procure sempre o selo do Inmetro nas peças, pra não ficar na mão depois.
Aspectos legais e regulamentação dos faróis LED
Aqui no Brasil, não dá pra sair mudando o sistema de iluminação da moto como bem entender. Pela Resolução nº 292/2008 do CONTRAN, não pode trocar a lâmpada halógena por LED se a moto não veio assim de fábrica, a não ser que tenha autorização do fabricante. Se fizer a troca por conta própria, pode tomar multa grave.
Quando o LED já é original, isso aparece nos documentos do Detran. Se for adaptado depois, e sem registro, a multa chega a R$ 195,23 e cinco pontos na carteira. Em blitz, os agentes conferem pelo código da placa e pelas especificações técnicas.
Pra não ter dor de cabeça:
- Peça a nota fiscal das peças de iluminação
- Leia o manual pra saber se a moto aceita LED
- Procure sempre o selo de homologação no farol
Se fizer uma substituição irregular, pode até perder cobertura do seguro ou reprovar na vistoria. Em caso de acidente, as seguradoras adoram alegar modificação pra negar pagamento. Só é permitido trocar por halógena equivalente, mantendo o sistema original.
Considerações finais e dicas para o motorista
No fim das contas, escolher entre LED e sistema tradicional é uma questão de equilíbrio entre custo, segurança e praticidade. Sempre confira de onde vieram as peças e teste o farol em várias situações. Quem usa a moto todo dia na cidade costuma preferir durabilidade, e quem pega estrada gosta mesmo é de alcance de luz.
Na hora de negociar, dá pra pedir até 8% a mais no valor se a moto for de 2019 em diante e já tiver LED. Peça sempre o certificado de homologação e observe como a luz se comporta em piso irregular. Se notar oscilação no brilho ou aquele tom esverdeado estranho, pode ser sinal de desgaste.
Na manutenção, é bom limpar o refletor pelo menos a cada quinze dias e evitar produtos fortes. Se as conexões estiverem oxidadas, o farol perde até 30% de eficiência. Procure oficina confiável pra mexer com LED, nada de improvisar.
O mercado está indo cada vez mais pro lado do LED. Até 2026, quase todas as motos novas já vão sair assim. Se bater a dúvida, prefira sempre modelos que já vêm com LED de fábrica, porque aí não tem erro com seguro e documentação. No fim, segurança e economia acabam fazendo a diferença no bolso e na tranquilidade de quem pilota.
Fonte: https://motospace.com.br/
